sexta-feira, novembro 23

Don't let the earth in me subside


Meu corpo é formado por uma pasta de pólvora e sangue,
Envolvida por uma grossa, porem frágil, casca emotiva.
A cada dia sinto esquentar um pouco mais,
Com as sacudidas cotidianas de uma vida urbana.


O externo parece afetar apenas o interno.
Criando pequenas explosões,
Abafadas por sorrisos falsos.


O calor percorre, embala, agita.


A pasta insiste em virar lava
A lava destrói a casca
A casca, já não existente,
Torna a explosão iminente.


A qualquer hora,
Em qualquer lugar,
Por qualquer motivo.


As mentiras acabam,
O controle se perde,
O sentido aparece.


Eu sou a lava, não a pasta.
Sou a pólvora agitada, esquentada, derretida, fundida.


O relógio quebrou,
O tempo parou,
Comprimiu o espaço,
O mundo acabou.

[Pic: Beatriz Nogueira]

2 comentários:

Bruno Guima disse...

Você escreve deliciosamente..

Um segundo a menos! disse...

Primaaaaaaaaa

Lindo...

DSepois de tanto tempo voltei a escrever no meu prima,,,

Dá uma olhada depois..

Xeroooooooooooooo