Meu corpo é formado por uma pasta de pólvora e sangue,
Envolvida por uma grossa, porem frágil, casca emotiva.
A cada dia sinto esquentar um pouco mais,
Com as sacudidas cotidianas de uma vida urbana.
O externo parece afetar apenas o interno.
Criando pequenas explosões,
Abafadas por sorrisos falsos.
O calor percorre, embala, agita.
A pasta insiste em virar lava
A lava destrói a casca
A casca, já não existente,
Torna a explosão iminente.
A qualquer hora,
Em qualquer lugar,
Por qualquer motivo.
As mentiras acabam,
O controle se perde,
O sentido aparece.
Eu sou a lava, não a pasta.
Sou a pólvora agitada, esquentada, derretida, fundida.
O relógio quebrou,
O tempo parou,
Comprimiu o espaço,
O mundo acabou.
[Pic: Beatriz Nogueira]
2 comentários:
Você escreve deliciosamente..
Primaaaaaaaaa
Lindo...
DSepois de tanto tempo voltei a escrever no meu prima,,,
Dá uma olhada depois..
Xeroooooooooooooo
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