Minha Religião

Hoje eu parei um pouco para pensar sobre religião e acabei descobrindo que não tenho uma... Passei tanto tempo pensando, analisando e criticando as crenças que me foram apresentadas, que acabei me perdendo em tantos dogmas e simbolismos... A fé cega e sem limites da grande maioria me afastou das reais concepções religiosas.

As faltas de debates sobre o assunto, por medo de brigas maiores, me fizeram hiberna em um mar de duvidas inacabáveis... As religiões existentes não conseguiram saciar o meu ser e muito menos cultivar a minha fé, pois já dizia Allan Kardec que “a fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade”... Isso define a principal característica que procuro, pois como posso acreditar em uma religião que vive em constante mudança?... Se muda, logo em algum momento não era a certa... O que me faz acreditar que agora será?

O engraçado é que sei exatamente no que não acredito, mas não consigo descobrir no que acredito.

Após observar por um tempo o meu redor... Como o lindo pôr do sol que mergulha no mar azul ou as lindas árvores que dançam ao toque do vento ou até mesmo as frenéticas cidades cheias de vida... Fica difícil não acreditar que existe algo maior responsável pela harmonia da vida... Assim como as sinfonias de Mozart precisavam da sua genialidade para existir... Mas tal força existente agiria apenas como coadjuvante nesse teatro da vida... Onde cada um é o personagem principal da sua historia... Sem dogmas, simbolismos ou atitudes radicais.

A religião deveria existir para explicar a existência de sentimento e não controla-los... Para nos dar esperança de paz, amor, liberdade, felicidade e não para nos prender em guerras santas.
Mas... Bem... Alguém quer discutir religião comigo? E acordar desta hibernação voluntária?

[Pic by WoodEye]